5 de julho de 2011

Dearfriend..

Sei perfeitamente que não é melhor forma de comunicar, de te dizer tudo aquilo que tenho cá dentro, mas mais uma vez vou desabafar, escrevendo.. Não queria nem de longe nem de perto chegar contigo onde cheguei hoje, não queria que nada disto tivesse acontecido, mas não me vou lamentar, nem perguntar “porque é que isto aconteceu comigo?”.
Peço desculpa. Desculpa por ter que te pedir desculpa, e agora é tarde, mas mesmo assim. Desculpa todos os meus erros contigo, nunca fui a melhor, nunca te dei o devido valor merecido. Desculpa por todas a vezes que estavas a espera de uma coisa e saiu-te outra, desculpa por todas as vezes que não estive lá nem que fosse um só para um abraço de conforto, desculpa todas as vezes que me procuraste e quiseste apoio e eu, não te o dei e, ainda, piorei as coisas, desculpa pelas minhas atitudes e pelo meu mau feitio. Desculpa todo o sofrimento que te tenho causado nestes últimos tempos..
Quero que saibas que, desisti dele. Desisti da maior promessa que fiz até hoje E perguntas o porquê? Eu respondo-te. Desisti porque não quero alimentar uma amizade que já não tem nada a fazer, porque não quero ser uma obrigação para ninguém. Desisti porque estava cansada, exausta de ter estado durante meses a lutar contra a maré.
Não sei se foi o melhor, não sei se alguma vez me vai perdoar de ter desistido, mas para mim, desistir não é uma atitude de fracos. É uma atitude de lutadores, de quem sempre deu tudo por tudo para algo, de quem independente de tudo sempre tentou esclarecer as coisas e não ficar com mágoas. Não quero e peço-te para que não fiques a pensar que foste culpada disto ou daquilo, por isto e por aquilo que ambas sabemos. Como eu disse à bocado, estávamos os dois a insistir numa promessa que ambos “tentámos” cumprir.
Não, não te culpo por ter desistido, não te massacro por teres sido a principal razão de ter desistido porque, não foste. Isto estava mal a muito tempo (tu sabes) por isso peço-te, não te culpes, não te massacres.
Magoaste-me, não te vou mentir, não estava espera confesso, aconteceu tudo demasiado rápido, estive mal, estive em pleno estado deprimente, confesso que isto deitou-me completamente abaixo, parecia que já nada iria ficar igual. Parecia que tudo de um minuto para o outro morreu, perdi completamente a noção de como te tratar, de como falar contigo, tudo desapareceu.
Nunca me pediste perdão, eu sei, mas mesmo assim eu perdoo-te, perdoo-te por tudo aquilo que tu sabes, e mais uma vez não te culpes. Ninguém sabe o futuro, ninguém manda nos corações, ninguém adivinhou que iria ser assim.
Aconteceu, ninguém previu, aconteceu assim com obstáculos que queria ultrapassa-los. Não sou de guardar rancor, nem muito menos odiar ninguém.
Eu também não te pedi que me perdoasses nem vou fazê-lo, nem muito menos para esqueceres, pois estou consciente que todos os meus erros não têm perdão, e muito menos motivos para esqueceres.
Errei imenso contigo, e desculpa, desculpa por todas a vezes que te desiludi e errei.
Quero que saibas também, que tenho saudades tuas. Tantas, que dói imenso aqui dentro. Tantas que só me lembro e penso no passado. Continuo a preocupar-me, embora não pareça, continuo a pensar em ti. Muita coisa mudou por erros meus e por atitudes minhas, mas garanto-te que aquilo que sinto por ti nunca mudou, nem nunca vai mudar.
Penso as vezes que quanto mais sei que errei, quanto mais sei que tudo mudou, mais te amo, mais sinto saudade. Mais uma vez, desculpa por tudo, desculpa pelos meus erros, e pelas as minhas atitudes.
Foi um desabafo.